Afgespeeld
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Treze segundos chegam e sobram para ser capaz de distinguir um agressor de um agredido, como o ministro dos Negócios Estrangeiros fez questão de dizer ao líder parlamentar do PCP. No programa que outrora teve oficialmente outro nome (e que ainda tem, para quem o segue, embora nós não possamos dizê-lo), a invasão da Ucrânia e a situação volátil no leste da Europa acorda fantasmas que a guerra fria parecia ter enterrado há muito. E torna a pequena política doméstica ainda mais pequena. Havemos de nos lembrar desta semana por muito anos.
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Em que Hugo e Martim se recordam de que Portugal é um país recordista em recordes absurdos.
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Resumo da pátria em três episódios da última semana: um atentado que não existiu e um alarido de todo o tamanho por causa de um miúdo com problemas mentais, que tinha em casa umas facas e em cima da cama um pikachu; 150 mil votos para o lixo e uma trapalhada danada que deixou o país em banho-maria, à espera de governo e com orçamento só lá para o segundo semestre do ano; um novo banco (barato, este, ao contrário de outros) inaugurado ao mais alto nível por dois chefes de Estado e um edil - um banco de jardim.
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Ninguém quer sentar-se ao lado do Chega. Há quem pretenda contribuir para o “normalizar”, mas considerando que é assim que o enfraquece. Na semana em que se falou muito do lugar de vice-presidente da Assembleia da República, quando os deputados eleitos ainda nem sequer tomaram posse no anfiteatro de São Bento, percebeu-se que, ironicamente, há quem queira, mesmo sendo contra o sistema, ocupar um dos seus assentos mais altos. Enquanto isso, mais de 80% dos votos dos emigrantes na Europa foram para o lixo e talvez esteja na altura de rever a lei eleitoral. Do que já não se vai a tempo é de reparar a decisão que obrigou turmas inteiras a confinamento compulsivo por causa da Covid-19, de acordo com uma norma que o Tribunal Constitucional veio agora considerar ilegal. Fica o alerta para a próxima pandemia.
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Houve mérito ou será o rabo virado para a lua que explica o que aconteceu? Costa deu o abraço do urso aos partidos à esquerda do PS e (achtung!) Rui Rio fez o resto, com a preciosa ajuda das sondagens. O empate técnico acabou por redundar numa maioria absoluta e há comentadores que, de acordo com uma expressão de Dickens, deviam estar agora a comer o chapéu. No rescaldo da noite eleitoral, houve estertores, mortes ainda sem certidão de óbito e forças políticas muito mal tratadas. Tal como houve forças emergentes e a ascensão de novos protagonistas políticos. Se nada de anormal acontecer entretanto, vão ser quase cinco anos a lidar com esta nova paisagem parlamentar.
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Em que Hugo, com tão somente o auxílio de uma navalha de fruta, remove com sucesso o apêndice a Martim, graças à intervenção do Dr. Sousa Martins
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Na primeira semana de campanha eleitoral, o protagonismo político foi dos animais. (Calma, nada de indignações apressadas; não se está a chamar animais aos políticos, trata-se mesmo de bichos de quatro patas.) No apelo ao voto, surgiram dois gatos, um cão, uma coelha e até uma mosca (esta, sem ter sido convidada). Esperemos agora pelos desenvolvimentos zoológicos da próxima semana, para vermos se aparecerá em cena algum burro. Enquanto isso, o negacionismo chegou ao horário nobre das televisões, no debate dos partidos sem assento parlamentar. E as sondagens apontam agora para uma diferença cada vez menor entre Costa e Rio, que já anda a propor-se distribuir, em pedaços, a carcassa do animal que ainda não caçou.
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