Afleveringen
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São 45 quilómetros de praia, de Tróia a Sines, sem qualquer interrupção. A maior extensão de praia da Europa, a terceira maior a nível mundial. Aqui o mar toca a areia com suavidade. Numa arriba esculpida em tons laranja, há desenhos com cinco milhões de anos. O plano é caminhar pela Praia do Pinheirinho, em direção ao Carvalhal, atravessar as dunas e entrar nos arrozais, junto aos Brejos da Carregueira, e chegar à Quinta da Comporta a tempo de ver o pôr do sol. A região da Comporta anda nas bocas do mundo, mas são as histórias da gente da terra que enriquecem cada quilómetro do trilho. A qualidade da água do mar promove a pesca, principalmente do robalo, carapau e sardinha. Foram os pescadores que começaram a vigiar os banhistas que vinham de fora, porque a calma do Atlântico é muitas vezes aparente. Os arrozais, que agora são alvo da curiosidade dos turistas, foram o ganha pão de famílias locais.
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A baía de São Lourenço foi formada numa cratera vulcânica em forma de anfiteatro. Junto à praia de areia branca apetece caminhar, sentir a maresia que envolve as famosas vinhas de Santa Maria. A "Grande Rota", que une vários trilhos, percorre toda a ilha, numa extensão de 78 quilómetros. Viajar para os Açores, justifica passar pelos lugares mais emblemáticos do percurso. A partir da Baía de São Lourenço, a decisão foi entrar nas vinhas. Pela encosta acima, as videiras brotam num terreno improvável. São vinhas centenárias que passaram de geração em geração. O percurso segue através do trilho da Fajãzinha até Poço da Pedreira a pé, depois um desvio de jipe ao Covão da Mula, rumo ao Barreiro da Faneca, na direção dos Anjos, para terminar em Vila do Porto.
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Sintra, a vila Sassetti, tem o nome do homem que decidiu construir uma casa de férias entre Sintra e o Castelo dos Mouros. Pelos jardins da quinta passaram várias celebridades, o caminho sinuoso, atravessado por uma linha de água artificial, permite relaxar no meio do verde. Todos os dias, centenas de turistas atravessam a serra. Caminhamos desde o Castelo dos Mouros, percorremos Sintra, atravessamos o parque das merendas até encontrar o trilho que nos leva ao Palácio de Seteais, local emblemático onde é possível ver o Oceano Atlântico de um lado e o Palácio da Pena do outro.
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O concelho de Mértola é atravessado por um dos caminhos de Santiago. Parte do percurso cruza com a rota do lince ibérico. Debaixo de um calor intenso, atravessamos a aldeia da Amendoeira. O caminho traz peregrinos ao interior motivados em encontrar o Pulo do Lobo, a garganta do Guadiana. Durante alguns quilómetros a paisagem não muda, encontramos rebanhos que ajudam a cortar a monotonia. Assustadas com a presença de forasteiros, as ovelhas correm em várias direções. Entre uma pausa à sombra para recuperar forças, as setas amarelas guiam-nos à queijaria, onde o leite das ovelhas é transformado no melhor queijo da região. A aldeia da Amendoeira é passagem obrigatória de peregrinos, que vieram dinamizar um lugar onde habitam apenas 20 pessoas, a maioria idosos. A desertificação do interior sente-se bem por aqui. Não há transportes públicos, a população organiza-se e pede um táxi aos serviços da autarquia sempre que precisa de ir às compras ou ao médico. Até ao Pulo do Lobo há mais uma hora de caminho, a paisagem muda ligeiramente à medida que nos aproximamos do Guadiana, que dá alma a este lugar. O Pulo do Lobo é dos ex-líbris naturais de Portugal, local com uma intensidade de água impressionante, ideal para renovar as forças para o caminho que falta. Seguimos à boleia até à entrada de Mértola. Cada esquina revela a sua história de importante interposto comercial durante várias civilizações, um autêntico museu a céu aberto. A tecelagem das mantas de lã, ofício considerado o mais antigo do concelho, passou de geração a geração até aos dias de hoje. Finalizamos a nossa viagem junto à Igreja da Nossa Senhora da Anunciação.
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A vila fascina pelo seu encanto. Caldas do Gerês é mais do que uma localidade pitoresca, a sua longa tradição termal acrescenta carga histórica. As águas quentes do Gerês já teriam sido aproveitadas pelos romanos, que passavam com alguma frequência na Geira, a estrada romana que se encontra muito perto das termas. O Parque das Termas fica colado à vila, descobri-lo é obrigatório e é por aqui que começamos o percurso. No "coração do Gerês", a água que brotava a 42ºC da rocha, hoje em dia é usada para fins medicinais. Os primeiros poços de extração têm a assinatura de D. João V. Uma água praticamente única no mundo, que trata o aparelho digestivo e as doença metabólico-endócrinas. Seguimos pela Serra em direção a norte, até à Portela do Homem. As dezenas de árvores seculares de beleza rara, rodeiam o trilho de piso fácil. São dois hectares de área com diferentes circuitos de circulação, onde a Natureza facilita o exercício. Com início junto à Portela do Homem, o percurso da Geira atravessa a Mata da Albergaria, um dos bosques mais importantes do Parque Nacional da Peneda-Gerês. A água indica-nos o caminho, há um misticismo no trilho, já percorrido pelos romanos. As colmeias que encontramos no caminho indicam-nos que há flores no bosque. Entre o lírio do Gerês, o carvalho negral e o azevinho, podemos avistar o lobo ibérico e a cabra montês.
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No Algarve, deixamo-nos desafiar pelo Trilho dos Sete Vales Suspensos. Ao longo dos 6 km do percurso, encontramos a Praia da Marinha, uma das mais belas de Portugal e da Europa. Lá atrás, no tempo, cada vale esteve associado à foz de uma ribeira. Neste sobe e desce há trajetos difíceis, sempre junto ao mar. Há poucos locais do mundo com tantos cortes na costa. A ação das águas doces e salgadas resulta na formação de um rendilhado, designado por paisagem cársica. Os algares, cavidades verticais, e as grutas, sendo a mais conhecida é a de Benagil, são visitadas por centenas de turistas todos os dias. Como excelentes esconderijos, as falésias foram cobiçadas por piratas. As paisagens deslumbrantes, com água transparente em tom esmeralda, são "quase como a costa francesa", sugere um visitante.
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Estamos de volta pelos trilhos de Portugal, preparados para explorar e deixar na memória paisagens de cortar a respiração. Esta temporada, fomos um pouco mais longe e chegamos ao sub-arquipélago das Desertas, acompanhados por baleias piloto - um avistamento raro. Formado pela Deserta Grande, Ilhéu Chão e Bugio, os únicos habitantes são os vigilantes da Natureza. O local é procurado por milhares de aves marinhas que aqui nidificam, já o Homem só pode visitar com autorização. Na Madeira, que é "sempre um desafio", caminhamos na levada do Caminho do Pináculo e Folhadal. Um trilho de 15 kms, que divide o norte do sul da ilha, para percorrer em cerca de 6 horas e meia. A cerca de 1400 metros de altitude, observamos o Pico Ruivo de um lado e o Pico do Areeiro do outro. As levadas são reconhecidas pela UNESCO como património cultural. Inicialmente construídas pela necessidade de distribuir a água para zonas mais secas, algumas demoraram mais de cinco anos a estar finalizadas.
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A Ilha do Porto Santo tem recantos que só conseguimos descobrir a pé. O Pico de Ana Ferreira é o ponto mais alto perto da praia, com 283 metros de altitude. Conheça aqui o trilho deste “Ao Km”.
Porto Santo é o destino ideal para estar de férias, sem fazer planos, simplesmente, deixar acontecer. Da gruta Ana Ferreira, a Ilha fica aos nossos pés. Reza a lenda que os filhos mal comportados iam até lá para ver a bruxa, a filha bastarda de um rei português.
O “famoso” bolo do caco também não pode passar em vão a quem visita Porto Santo.
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Histórias e lendas alimentam o imaginário de Monsaraz, que mantém a magia de outros tempos. Situada no Alentejo, esta vila medieval oferece uma vista deslumbrante sobre a planície. Fazer uma caminhada em Monsaraz é uma excelente forma de explorar a vila e os seus arredores. Há muito por descobrir neste ponto obrigatório de turismo em Portugal: uma opção é caminhar ao redor das muralhas da vila, que oferecem vistas panorâmicas deslumbrantes. Outra opção é caminhar pelas ruelas estreitas da vila, explorando as suas casas caiadas de branco e as suas igrejas históricas. Também pode caminhar até ao Castelo de Monsaraz, que fica no ponto mais alto da vila e oferece vistas panorâmicas ainda mais amplas. Além disso, existem trilhos para caminhadas que atravessam a paisagem rural circundante, onde pode apreciar a beleza natural da região, sem esquecer a praia fluvial de Monsaraz, a 4km da vila. Neste episódio aprenda ainda a fazer migas.
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Na Ponta de São Lourenço os tons terra contrastam com o azul do mar no extremo mais oriental da Madeira, com vegetação que se diferencia do resto da ilha. É um dos trilhos mais procurados pelos turistas, ocupando seis quilómetros (três para cada lado), numa área em forma de península, no final dos quais se encontram o ilhéu do Desembarcadouro e o ilhéu do Farol. A Ponta de São Lourenço é um Monumento Natural que integra a Rede de Monumentos Naturais da Região Autónoma da Madeira. O percurso de caminhada é de dificuldade média e a duração prevista é de três horas. Como é preciso fôlego para ir e voltar, recomenda-se uma pausa pelo caminho. O desafio pode ainda envolver mergulhos no cais do Sardinha e alguns exercícios de meditação. Caminhar é bom para o corpo e para a alma.
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Ponto de partida: o miradouro de S. Salvador do Mundo, que tem como marca principal o vale do rio Douro. Considerado o maior santuário do Alto Douro Vinhateiro, é constituído por um conjunto de capelinhas que se erguem ao longo do monte. A Ferradosa é um ponto de encontro no Douro e dali partimos a pé para a aldeia de S. Xisto, na freguesia de Vale de Figueira, concelho de S. João da Pesqueira, localizada num dos mais bonitos trechos da região duriense, no coração da área classificada pela UNESCO como Património Mundial. De comboio, vale muito a pena conhecer a região com uma paisagem de cortar a respiração. Quem por lá passa, não mais esquece o Douro.
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Voar de balão é sempre uma surpresa, sabemos onde começamos, mas nunca sabemos onde o balão vai parar. Nesta sugestão de percurso, o dia tem início junto à Barragem do Roxo, num balão de ar quente. Contemplada a magnífica planície alentejana, seguem-se dois km's a caminhar no restolho até chegar ao trilho do Moinho do Maralhas. A caminho das minas de Aljustrel são algumas as paragens para provar algumas maravilhas alentejanas. Para mais informação, veja a reportagem no site da SIC Notícias.
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Na mais pequena das ilhas dos Açores, o Caldeirão é um ponto de visita obrigatório. Com uma profundidade de 305 metros, é ocupado por uma lagoa com vários cones vulcânicos. Para uma visita a pé inicie o percurso junto ao Miradouro do Caldeirão e não se esqueça de levar calçado apropriado para caminhadas, um impermeável, por causa do tempo incerto, chapéu, protetor solar e água. Oiça aqui o primeiro episódio do podcast ‘Ao Km: descobrir Portugal a Caminhar’. Para mais informações veja o artigo no site da SIC Notícias.
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