Afleveringen
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Há quem encontre prazer no som de uma esponja a ser espremida ou no brilho de um chão acabado de lavar. Outros deliciam-se com o antes e depois de espaços desorganizados que se transformam em lugares imaculados. Despensas normais transformam-se numa espécie de loja de snacks – espaços dignos de figurar num catálogo.
Principalmente desde o início da pandemia de covid-19, o “Cleantok” explodiu, primeiro no TikTok e depois nas outras redes sociais. Com mais de 150 mil milhões de visualizações, esta comunidade viral tornou a limpeza e organização um fenómeno cultural. Tarefas banais como esfregar o chão ou organizar despensas tornaram-se cativantes.
Mas porque gostamos tanto de assistir a estes vídeos? E será que essa obsessão pela perfeição pode trazer mais stress do que tranquilidade?
Neste episódio do #ComoAssim, exploramos o mundo do “Cleantok”. Ouvimos Joana Tavares, criadora de conteúdos de limpeza e organização na página Joana at Home, os investigadores Alexandre Duarte e Patrícia Dias, especialistas em marketing e publicidade digital, e ainda o psicólogo e terapeuta cognitivo-comportamental Fernando Lima Magalhães.
Nos últimos anos, a limpeza deixou de ser apenas uma tarefa doméstica e tornou-se uma sensação online. No “Cleantok”, uma comunidade viral no TikTok com mais de 150 mil milhões de visualizações, vídeos que mostram o antes e o depois de espaços limpos, sons relaxantes e organização impecável conquistaram milhões de seguidores.
Este episódio do #ComoAssim mergulha no fenómeno que transformou uma actividade banal em conteúdo irresistível. Vamos entender por que razão esses vídeos são tão satisfatórios, ouvir especialistas sobre os impactos psicológicos e explorar os perigos por trás da obsessão pela casa perfeita. Afinal, o “Cleantok” é apenas entretenimento ou reflecte algo mais profundo sobre o nosso comportamento nas redes?
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Há pouco mais de uma década, o minimalismo invadiu os nossos ecrãs. Das redes sociais à televisão, uma ideia é repetida em todo o lado: menos é mais. O mote é “destralhar”: reduzir os nossos pertences e guardar apenas aquilo que nos traz real valor.
O estilo de vida baseia-se numa tendência anterior, vinda da moda, design e arquitectura, baseada em linhas rectas, simples, com tons neutros. O guarda-roupa cápsula, com peças neutras que combinem com todas as outras, é glorificado.
Mas, nos últimos anos, a tendência começou a desaparecer, para dar lugar exactamente ao oposto: a exuberância do maximalismo.
No TikTok, surge um vídeo a explicar como se veste uma “portuguese girlie”: “É tudo sobre combinar os padrões errados da forma certa.” Há quem recuse a identificação, mas dentro da comunidade da moda no Tiktok, a nova estética maximalista domina.
Mas como assim? Será esta tendência maximalista apenas mais um fenómeno passageiro das redes sociais? Ou será um indício de que o mundo está realmente a mudar e a tornar-se mais exuberante?
E se a mensagem do minimalismo era de consumo mais responsável, porque é que tão depressa como chegou desapareceu?
Neste episódio do podcast #ComoAssim, ouvimos Marie, artista e influencer mais conhecida pela página La Vie de Marie, e Maria João Martins, jornalista e historiadora de moda.
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Zijn er afleveringen die ontbreken?
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No final da década passada, a Internet estava cheia de histórias de pessoas que tinham conseguido reformar-se mais cedo do que o normal. Bem mais cedo.
A maioria dos exemplos era norte-americana. Pessoas que viviam os primeiros anos de carreira de forma extremamente frugal, a poupar ao máximo, com o objectivo de aos 30, 40 anos, passarem a viver só do retorno dos seus investimentos.
A comunidade autodenominou-se FIRE: Financial Independence Retire Early – em português, “independência financeira, reforma antecipada”.
Mas mais recentemente começámos a assistir a uma tendência inversa: pessoas que atingiram o FIRE, que se reformaram muito cedo… e acabaram por se arrepender da decisão.
Mas como assim?! Agora que o FIRE está a produzir resultados, com cada vez mais jovens reformados, sobretudo nos Estados Unidos, porque é que o movimento está a esmorecer?
Neste episódio de #ComoAssim, mergulhamos nas contradições de uma das maiores modas financeiras da Internet.
Conversamos com Rita Piçarra, ex-directora financeira da Microsoft Portugal, que se reformou aos 44 anos, e com Inês Correia, influenciadora na área das finanças pessoais que durante anos lutou para atingir o FIRE, mas acabou por desistir do objectivo.
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No último episódio de #ComoAssim, visitámos o retiro Diana Gathering, em Mação, organizado por Rute Caldeira e Tiago Farraia, um casal de professores de ioga e meditação. O encontro incluiu práticas como ioga, meditação, soundhealing e uma cerimónia de cacau, típicas de um universo espiritual que atrai cada vez mais seguidores: o movimento Nova Era.
Mas, além das práticas de bem-estar, neste movimento cresce também uma tendência inquietante: a rejeição da ciência moderna.
Entre meditações e rituais, é comum, no movimento Nova Era, ouvir discursos de desconfiança em relação à medicina e à indústria farmacêutica, com muitos participantes a recusarem medicamentos, vacinas e diagnósticos médicos.
Ao longo do retiro que visitamos, ouvem-se expressões que fazem soar alarmes: “como é que há 5 mil anos já se sabia tanto sobre saúde e depois nada disto se sabe nos dias de hoje”; “nós temos a capacidade de ficar doentes, mas também temos a capacidade de nos curarmos”; "antes de tomares um antidepressivo, experimenta o cacau".
Ao promover práticas ditas naturais e alternativas, o movimento tende a rejeitar o conhecimento científico, ecoando um discurso de auto-suficiência onde a responsabilidade pela saúde recai apenas sobre o indivíduo.
Mas o que explica esta tendência do movimento Nova Era para diabolizar o progresso científico?
Neste episódio, partimos do exemplo da espiritualidade à volta do cacau – porque nos ajuda a perceber a maneira como funciona o movimento, de que forma bebe de outras culturas e as adapta debaixo deste chapéu de espiritualidades.
Através deste exemplo, olhamos para o elefante na sala: o discurso pseudocientífico que se instalou no movimento Nova Era e os riscos que pode trazer para a nossa saúde.
Para isso, ouvimos Armando Brito de Sá, especialista em medicina geral e familiar com particular interesse por promover a literacia científica, David Marçal, bioquímico, divulgador de ciência e autor do livro Pseudociência, Donizete Rodrigues, professor de Sociologia e Antropologia, e ainda Lucimara Rett, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a fazer um caminho espiritual na cosmovisão Maia.
Texto alterado às 17:20 do dia 13/11/2024, para clarificar a atribuição de citações.
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Nos últimos tempos parece ter havido uma espécie de milagre da multiplicação dos retiros espirituais: nas redes sociais, actrizes, cantoras e outros influenciadores digitais juntam-se a gurus espirituais, terapeutas e coaches para promover eventos em Bali, na Índia, nas Maldivas ou simplesmente em sítios remotos em Portugal.
Nos programas, planos de meditação, oga, banhos de som celestiais e práticas xamânicas. Há quem prometa momentos de transformação e cura, acabar com o stress e ansiedade, ajudar-nos a "renascer para a nossa mais incrível versão".
Por vezes são retiros caros, a ultrapassar os quatro mil euros. Mas tal como os livros e cursos destes gurus, esgotam muito facilmente.
Mas como assim? O que leva tanta gente a participar neste tipo de eventos? Do que estão à procura e o que encontram?
Para perceber isto, o #ComoAssim entrou num destes retiros. Neste episódio, visitou o "Dhyana Gathering", um retiro de quatro dias organizado em Mação, no centro do país, por Rute Caldeira e Tiago Farraia, um casal de professores de meditação e ioga.
Um retiro que contou também com convidados como Ângelo Surinder, terapeuta sonoro fundador da "Cosmic Gong", Shivani, coach espiritual que orienta cerimónias de cacau, e a cantora brasileira Tainá, que deu um concerto privado durante o retiro.
No primeiro de dois episódios sobre espiritualidade, procuramos também perceber o que explica o interesse cada vez maior, em Portugal, por espiritualidades importadas da Índia e de povos indígenas da América latina. E mergulhamos no movimento Nova Era, com a ajuda de Donizete Rodrigues, professor de Sociologia da Universidade da Beira Interior, e de Tiago Pinto, investigador da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Áudio alterado às 17:28 do dia 13/11/2024, com correção sobre a meditação orientada no retiro, que não é da autoria de Osho, mas popularizada por ele
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Neste episódio de #ComoAssim, mergulhamos no lado negro da obsessão com a produtividade nas redes sociais.
O mundo da produtividade nas redes sociais tenta responder a um problema real da nossa sociedade: vivemos num mundo cada vez mais competitivo e frenético. Queremos fazer mais e melhor, subir na carreira mais rápido, experimentar começar aquele projecto com que sempre sonhámos.
Mas às vezes, encaixar tudo o que queremos fazer em 24 horas é um desafio. Há os imprevistos, o cansaço, a terrível preguiça e a procrastinação.
Os gurus da produtividade estão cá para nos ajudar a resolver tudo isso. Para trazer finalmente organização às nossas vidas. Para optimizá-las, com ferramentas e rotinas "super-humanas".
Mas há um lado perverso em tudo isto: não só não funciona, como pode ser perigoso para a nossa saúde mental. São os próprios gurus da produtividade a admiti-lo.
Neste episódio de #ComoAssim, ouvimos a youtuber Mariana Vieira, uma portuguesa bem conhecida no ecossistema internacional da produtividade no Youtube, que tem aprendido muito, à custa da própria saúde mental.
Ouvimos também o que a psicologia e a sociologia nos dizem sobre a distância entre a produtividade e o burnout, com a psicóloga Tânia Gaspar, coordenadora do Laboratório Português dos Ambientes de Trabalho Saudáveis e a socióloga Ana Paula Marques, investigadora da Universidade do Minho.
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Há três anos que Lucas Rodrigues, 23 anos, se dedica a cumprir desejos de pessoas anónimas, e a documentar tudo em vídeos nas redes sociais.
Apesar de ser um projecto recente, os números não o deixam adivinhar: a página "Lucas with Strangers" tem mais de dois milhões de seguidores no Tiktok e mais de 500 mil no Instagram.
No início oferecia apenas abraços e sorrisos, mas hoje oferece malas com 20 mil euros em dinheiro ou casas a quem não as tem..
Em Portugal, são poucos os influenciadores com a dimensão do Lucas nas redes sociais. Mas o português não é caso único a fazer sucesso com este género de conteúdos.
Um pouco por toda a internet, encontramos bons samaritanos, cheios de notas, a procurar mudar vidas de pessoas aleatórias na rua.
Mas o que é que o sucesso estrondoso que têm diz sobre nós e sobre a maneira como olhamos para os outros? Será que as redes sociais podem mudar a forma como lidamos com as desigualdades sociais?
No primeiro episódio da segunda temporada de #ComoAssim, procuramos respostas.
Na última temporada, o podcast olhou para fenómenos da cultura pop mais clássicos, para os livros, filmes e séries que consumimos.
Mas em 2024, segundo um estudo global da norte-americana GWI, passamos em média 6 horas e 40 minutos por dia a olhar para ecrãs. Por isso, nesta temporada, olhamos para aquilo que consumimos online, quando navegamos nas redes sociais. Para os loops e bolhas em que entramos sem darmos por ela. E como tudo isso nos está a mudar.
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Na última temporada de #ComoAssim, olhámos para fenómenos da cultura pop clássicos: para as nossas obsessões colectivas com livros, filmes e séries.
Mas em 2024, segundo um estudo global da norte-americana GWI, passamos em média 6 horas e 40 minutos por dia a olhar para ecrãs.
Por isso, na segunda temporada, o #ComoAssim olha para aquilo que consumimos online, quando navegamos nas redes sociais. Os loops e bolhas em que entramos sem darmos por ela. E como tudo isso nos está a mudar.
Rotinas produtivas que prometem ser “super-humanas”; pais que estão exaustos, a tentar cumprir todas as exigências; um milagre da multiplicação dos retiros espirituais a acontecer à nossa frente; influencers que dão casas e malas cheias de dinheiro a pessoas necessitadas; pessoas que “penduram as botas” de trabalho aos 40. E muito mais.
Como sempre, mergulhamos nestes mundos com genuína curiosidade, para ir além das ideias pré-concebidas.
#ComoAssim, com a jornalista Inês Rocha, às quintas-feiras, depois das 16h, no PÚBLICO ou nas aplicações de podcast. Estreia dia 10 de Outubro.
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A série australiana Bluey, transmitida em Portugal pela Disney, tem sido um fenómeno de popularidade nos últimos anos. Fazem-se festas de anos temáticas, há livros a esgotar e brinquedos da Bluey em todas as lojas.
Mas esta não é só mais uma história sobre um desenho animado popular entre crianças. É mais do que isso.
Bluey é um fenómeno nas redes sociais — entre adultos. No Tiktok, a hashtag tem 8,8 mil milhões de visualizações. No Reddit, mais de 158 mil pessoas discutem diariamente episódios dirigidos a crianças do pré-escolar. E a série parece não sair dos tops do serviço de streaming Disney Plus.
A série australiana é aplaudida também pela crítica. Foi galardoada com um Emmy e um Bafta e o episódio Sleepytime foi considerado, pelo New York Times, como um dos melhores episódios de televisão de 2020. O mesmo episódio chegou mesmo a estar em oitavo lugar na lista de episódios de televisão mais bem cotados de sempre, no IMDB.
Mas... Como Assim? Como é que uma família de cães australiana é tão popular entre adultos, e até entre pessoas que não têm filhos?
Na véspera da estreia de dez novos episódios de Bluey no Disney Plus, em inglês, procuramos perceber o que é que esta série tem de tão especial.
Neste episódio extra de #ComoAssim, conversamos com pais que, sem querer, se tornaram fãs de Bluey — Tiago Amorim, mais conhecido como "Chefe Jamon" e Sara Marques, jornalista e gestora de redes sociais. Ouvimos também alguém que conhece a série por dentro: Afonso Lagarto, o actor que dá voz ao pai de Bluey, Bandit.
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O filme-concerto “Taylor Swift: The Eras Tour" deu-nos um pequeno vislumbre do entusiasmo que os fãs da cantora – os “swifties” - conseguem atingir quando se juntam.
Grupos de adolescentes em êxtase, a cantar em coro, e abanar as lanternas dos telemóveis ao ritmo da música. Jovens a dar as mãos e a formar um círculo, enquanto cantam em uníssono as músicas da sua cantora preferida. Tudo isto num cenário improvável – uma sala de cinema.
Há quem o descreva como uma espécie de culto: um culto que gera muito dinheiro.
Com mais de 150 concertos previstos, incluindo duas datas em Portugal, a Eras Tour é a primeira digressão na história a ultrapassar a marca dos mil milhões de dólares. Mas a digressão ainda vai a meio. Segundo a Pollstar, estima-se que Swift ganhe mais de dois mil milhões de euros em toda a tour.
Para referência, a segunda maior digressão de sempre foi de Elton John. Fez 939 milhões de dólares, mas teve um total de 330 concertos - mais do dobro dos concertos previstos para a Eras Tour.
2023 foi um ano de sonho para Taylor Swift, que sucedeu a Volodymyr Zelensky como “Pessoa do Ano” para a revista Time.
O editor-chefe da revista, Sam Jacobs, justificou a distinção com o facto de Taylor ter “trazido alegria a uma sociedade que precisava desesperadamente dela”.
Mas este é um fenómeno recente. Há apenas quatro anos, quando Swift anunciou que vinha a Portugal – não em nome próprio, mas num festival de Verão – os bilhetes nem chegaram a esgotar. Na rádio, era muito raro ouvir músicas da norte-americana. E apesar de ser um nome conhecido na música pop, o clube de fãs era bem mais tímido.
Mas… Como Assim? Como é que em pouco mais do que quatro anos, Taylor Swift ascendeu de cantora famosa a autêntica lenda da música pop?
No último episódio da temporada, mergulhamos na história da cantora norte-americana, desde a música à relação com os fãs. E tentamos perceber porque é que o entusiasmo à volta de Taylor Swift cresceu tanto nos últimos tempos.
Para isso, conversamos com o musicólogo André Malhado e com duas fãs: Rita da Nova, escritora e co-autora do Podcast "Terapia de Casal", com o marido, o humorista Guilherme Fonseca, e Laura Limede, freelancer na área do marketing e fã antiga da cantora.
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Com 1 milhão e 200 mil espectadores, “Pôr do Sol” foi a série mais vista de sempre na RTP Play e a primeira série portuguesa a estar simultaneamente em duas plataformas de streaming: Netflix e Prime Video. Detém também o título de primeira ficção portuguesa com trigémeas.
O último episódio da segunda temporada foi exibido em nove salas de cinema pelo país, todas com lotação esgotada .
A banda Jesus Quisto lançou dois discos com milhares de reproduções no Spotify e saltou da ficção para palcos emblemáticos. Encheram os Coliseus de Lisboa e do Porto e reuniram mais de três mil pessoas num palco com capacidade para 300 no Nos Alive. Abriram o Festival da Canção e continuam na estrada, com concertos agendados para 2024.
Feitas as contas, foram 36 episódios, 18 horas de Pôr do Sol, uma banda, dois álbuns cantados em vários concertos e um final de temporada no cinema, mas os fãs quiseram mais e os criadores acederam. O sol também se pôs no cinema e “Pôr do Sol: O Mistério do Colar de São Cajó” é o filme português mais visto do ano em Portugal.
O fenómeno tomou proporção tal que chegou a ser objecto de estudo de pelo menos uma tese de mestrado na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, da autoria de Luís Teixeira Guedes.
Mas Como Assim? Como é que uma série “nonsense” conquistou o público português, deu origem ao filme mais visto do ano, encheu salas de espetáculos pelo país foi tema de uma tese de mestrado?
Afinal, o nonsense faz sentido para o público português? Descobrimos o que os espectadores procuram?
Para perceber isto, conversamos com os criadores: Henrique Dias, Manuel Pureza e Rui Melo.
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São poucos os fenómenos pop portugueses capazes de esgotar, de uma assentada, três noites de Suberbock Arena, no Porto, quatro noites de Altice Arena, em Lisboa, e mais umas quantas salas (e estádios) por todo o país. Mas os "Morangos" conseguem.
Os gritos de fãs de todas as idades, nos concertos esgotados da digressão nacional dos D’ZRT deste ano, são uma espécie de eco do passado televisivo no Portugal presente.
Os Morangos com Açúcar foram um fenómeno e, 20 anos depois, estão de volta. E à sua volta, gira a máquina — os concertos das bandas saídas da série, a parceria com a Prime Video para produzir as novas temporadas e disponibilizar as antigas. Tudo deixa um cheirinho a anos 2000 no ar.
Mas estará o fenómeno mesmo de volta? Será que os novos "Morangos", num formato e numa época diferente, vão conseguir chegar às gerações mais jovens da mesma maneira?
Neste #ComoAssim, olhamos para o fenómeno Morangos com Açúcar – o que era há 20 anos e o que quer ser agora, em 2023. Para isso, visitamos um dia de gravações da nova temporada da série, conversamos com actores - os antigos e os novos - e com fãs dos primeiros "Morangos".
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Em 2022, as duas músicas mais ouvidas no Spotify pelos portugueses foram "Dançarina" e "Galopa" - ambas do brasileiro Pedro Sampaio, um dos maiores artistas de funk brasileiro da actualidade.
Já no Verão de 2023, a música mais ouvida no Spotify em Portugal foi "Tá OK", de Dennis DJ com o MC Kevin o Chris, que recupera um dos ritmos clássicos do funk carioca: o "tamborzão".
Nos últimos anos, o funk brasileiro ganhou um lugar cativo nos tops nacionais. É cada vez mais comum encontrar bailes funk nas cidades portuguesas, coreografias que todos sabem dançar.
Mas nem sempre foi assim. Durante muitos anos, houve algum preconceito à volta deste estilo musical. Que o diga Rafael Henrique Victório, mais conhecido por DJ Farofa. Hoje, o brasileiro passa música funk muito frequentemente na cidade do Porto - incluindo em bares conhecidos por estarem no circuito da música alternativa.
Mas há nove anos, quando chegou a Portugal, as coisas não eram iguais. “Eu já passei por isso, curadores me convidarem e dizerem - 'eu quero música brasileira mas não quero funk'”.
Mas Como Assim? Como é que o funk passou de género desprezado a música adorada e celebrada também pelos portugueses?
Como é que letras que, noutros tempos, seriam condenadas por terem linguagem muito explícita, são agora normalizadas e repetidas pelos mais jovens, e até por crianças?
Para perceber isto, conversamos com a investigadora Juliana Bragança, autora do livro "Preso na Gaiola: a criminalização do funk carioca nas páginas do Jornal do Brasil" e com os DJs Farofa, Walabi e Zir Mut(e).
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A história de Colleen Hoover podia bem ser o enredo de um dos seus romances. Em 2011, a norte-americana trabalhava nos serviços sociais do Texas e vivia numa caravana com o marido e três filhos. Escreveu o seu primeiro romance, "Slammed" nos tempos livres e, sem o apoio de qualquer editora, em sete meses o livro chegou ao top de best-sellers do New York Times.
Mas as vendas dos livros da autora só explodiriam em 2020. Hoover tornou-se a primeira escritora independente a chegar a número um na lista dos best-sellers de ficção do jornal norte-americano.
Tudo graças ao TikTok e à sua comunidade de leitores dedicados, conhecida como "BookTok". Quando começou a pandemia, o livro "Isto Acaba Aqui", de Colleen Hoover, tornou-se viral naquela rede social. A hashtag com o nome do livro tem 2,9 mil milhões de visualizações na rede social.
Em 2022, Colleen Hoover tornou-se a autora mais vendida nos Estados Unidos. Em Portugal, ocupou três lugares do top 10 da FNAC.
Mas... Como Assim? Pode uma rede social que promove conteúdo short form estar a definir o que domina os tops no sector dos livros?
Neste episódio, procuramos perceber o que faz um best-seller no tempo do TikTok, como as redes sociais podem estar a mudar os leitores e o próprio mercado dos livros.
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Quando a Netflix anunciou que ia fazer uma versão live action de One Piece, uma série adorada no Japão há mais de 25 anos, os fãs não ficaram animados. Porque o histórico de adaptações de animes, como são conhecidos os desenhos animados japoneses, não augurava boas notícias.
No entanto, a versão lançada pela plataforma de streaming em Agosto deste ano surpreendeu tudo e todos. A série chegou ao top da Netflix em 84 países, incluindo em Portugal, e quebrou recordes que pertenciam a séries como Wednesday e Stranger Things. E não só agradou a maioria dos fãs de One Piece, como também conquistou pessoas que não eram fãs do anime.
One Piece teve uma breve passagem pela televisão portuguesa, mas não "pegou" como Dragon Ball, Navegantes da Lua ou Pokémon.
Mas como é que uma série antiga, que passou ao lado de grande parte da população portuguesa nos últimos anos, de repente está em todos os tops, incluindo em Portugal?
Pode a Netflix estar a ajudar o manga e o anime, conteúdos que sempre foram de nicho, a tornar-se mainstream?
Neste episódio de #ComoAssim, mergulhamos no fenómeno One Piece.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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"Tu não prendas o cabelo...", ouvimos a plateia do Centro Católico dos Operários do Porto cantar em uníssono, a plenos pulmões. "Que eu gosto de solto vê-lo / pois te fica muito bem / quando nele dá o vento".
O público sabe de cor as músicas de um ídolo improvável, que nunca conheceu a fama em vida: José Pinhal.
Nascido em 1952 em Santa Cruz do Bispo, Matosinhos, o músico animou os bares e arraiais do norte nos anos 70 e 80. Acabou por morrer tragicamente, em 1993, num acidente de viação, quando regressava de um espectáculo.
Mas a história não termina aqui. Hoje, as músicas de José Pinhal já foram ouvidas mais de um milhão de vezes online. O músico tem direito a um documentário, a uma banda de tributo, a um disco re-editado e a merchandising com o seu nome.
Mas Como Assim? O que explica a fama póstuma de José Pinhal?
Este é um fenómeno da cultura pop portuguesa digno de análise - mistura nostalgia, cultura popular da mais simples e crua e uma voz que, dizem, “primeiro estranha-se, depois entranha-se”.
Neste episódio de #ComoAssim, vamos descobrir a história do cantor nortenho. E tentar perceber porque é que um artista de baile dos anos 80 está a apaixonar tantos jovens do século XXI.
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Todos já nos deparamos com fenómenos culturais que não somos capazes de explicar. Coisas que nos deixam a pensar: mas... Como Assim?
Neste novo podcast do PÚBLICO, vamos olhar para as nossas obsessões colectivas e desconstrui-las. Vamos mergulhar nestes mundos com genuína curiosidade, para ir além das ideias pré-concebidas.
#ComoAssim, com a jornalista Inês Rocha, às quintas-feiras no site do PÚBLICO ou nas aplicações de podcast, a partir de 3 de novembro.
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