Afleveringen
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No dia 2 de novembro de 2017, centenas de pessoas entraram em uma fazenda em Correntina e quebraram tudo – tratores, torres de transmissão e galpões. Um levante que ficará marcado na história por mostrar que o povo não se aquieta quando aquilo que lhe é mais precioso é retirado. Neste episódio, nossa equipe vai até o oeste da Bahia para conhecer os modos tradicionais de uso da água e as demais resistências frente ao ressecamento dos rios pelo agronegócio.
A ficha técnica completa, com todas as fontes de informação está disponível em nosso site. O Joio e o Prato Cheio são mantidos com o apoio de organizações da sociedade que atuam na promoção da alimentação adequada e saudável. Esta temporada tem o apoio da Fundação Heinrich Boll. ACT Promoção da Saúde, Oak Foundation, Fundação Ford, Instituto Ibirapitanga e Instituto Clima e Sociedade são apoiadores regulares dos nossos projetos.
Entre em nosso canal do Whatsapp e fique mais perto da nossa comunidade. Contamos com a colaboração de leitores e ouvintes para continuar produzindo conteúdo independente e de qualidade. Se puder nos apoiar financeiramente, todos os caminhos estão aqui. Se não puder, divulgue a Prato Cheio pra família e amigos, isso nos ajuda muito!
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Em Ouro Preto, cidade histórica de Minas Gerais, a população se mobiliza contra a privatização da “água da santa”. Por trás de um nome desconhecido, uma das maiores corporações de saneamento do mundo, e uma teia de conflito de interesses envolvendo a venda forçada dos serviços de água e esgoto. Organizações da sociedade se mobilizam para mostrar os riscos dessa ofensiva e para explicar que há outros caminhos para entregar água na torneira, sem passar por megaobras e dependência de grandes empresas.
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Um rio de água salgada e contaminada. Um rio com tubarões. Uma população que vive no meio das águas, mas não tem água para tomar. No Amapá, o arquipélago famoso por causa da pororoca vê o mar avançar sobre o Amazonas, doenças se espalharem, as plantas morrerem, o açaí mudar de gosto. Casas desbarrancam. E a pororoca desaparece. Será um prenúncio do que vai acontecer à medida que o nível do mar suba? Em outros lugares do mundo, incluindo a foz do rio São Francisco, a salinização causa perdas e alertas. Esse episódio da temporada especial sobre água conversa com os moradores do Bailique, que não têm culpa nenhuma na crise climática, mas, vivendo na beira do Atlântico, viram o problema chegar primeiro.
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Nem sempre a luta por terra pode ser separada da luta por água. E, no Brasil, unir uma coisa e outra deu origem a uma proposta oficial de reforma agrária – que recebeu apoio até de empresários do Sudeste e de militares na década de 1950. Com o golpe, tudo mudou. E os perímetros de irrigação – infraestruturas públicas que levam água de rios e açudes para plantações – deixaram de ser pensados como instrumento de justiça social para se tornar mais um mecanismo de privatização e cercamento das águas. Nesse episódio contamos o que acontece quando a água encontra a reforma agrária.
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Em uma cidade de 53 mil habitantes do interior de São Paulo, caminhões transitam carregados de legumes. Eles chegam de outros estados para serem lavados por pessoas e máquinas que trabalham em longas jornadas no meio da água. Em nome de uma cenoura lisinha ou de uma batata lavada, questões trabalhistas, sociais, ambientais e sanitárias presentes no curto-circuito da alimentação. Esse episódio nos convida para um zoom em uma das etapas invisíveis no caminho dos alimentos.
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A sétima temporada do Prato Cheio está no ar! No primeiro episódio, nossos repórteres procuram pelas origens do mercado de água engarrafada. E retratam como medo da água da torneira, status e aura saudável foram usados para fazer explodir as vendas no mundo inteiro. No Brasil, um mercado em franca expansão é controlado por corporações que pagam uma fatia minúscula de impostos, e sobre as quais pesam indícios de uma exploração maior que a declarada aos órgãos públicos. Enquanto isso, uma marca da Ambev faz publicidade em cima da escassez de água, mas deixa de lado informações cruciais sobre o real alcance da iniciativa.
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A água (ou a falta dela) tem dado o que falar e está no centro das discussões da crise climática. Ao longo de sete episódios te convidamos a um mergulho profundo para olhar a água como algo além de um recurso natural ou mero item básico de sobrevivência. Ela hoje se tornou produto, sistema de saneamento básico, moeda do marketing e objeto de disputa, mas também é ente da família, elemento cultural e essencial à vida.
Anote na agenda: 1º de outubro, às 10h.
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No último episódio da série Faroeste carbono, quilombolas do interior do Pará se deparam com a linguagem cifrada das empresas que comercializam o ar. E se questionam quanto aos impactos dos projetos sobre os territórios. O carbono veio ajudar a manter a mata em pé ou inviabilizar os modos de vida tradicionais? Nossos repórteres tentam entender por que o agro ficou de fora do mercado regulamentado. E perguntam: se não o carbono, o que oferecerá respostas para o colapso climático?
A ficha técnica completa, com todas as fontes de informação está disponível em nosso site. Esta série faz parte de um projeto apoiado pelo Instituto Clima e Sociedade. O ICS é uma organização filantrópica que financia projetos e instituições voltados ao enfrentamento das mudanças climáticas em todas as regiões do Brasil. O Joio também tem o apoio da ACT Promoção da Saúde, do Instituto Ibirapitanga, da Fundação Heinrich Boll e da OAK Foundation.
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Um dos maiores crimes da história do Reino Unido encontra uma comunidade extrativista no interior do Pará. O segundo episódio da série “Faroeste carbono” segue os rastros deixados por uma pequena empresa. Nossos repórteres se deparam com as conexões entre policiais, pecuaristas, investidores estrangeiros e povos tradicionais da Amazônia.
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Histórias reais: por trás de termos difíceis, cálculos opacos e metodologias complicadas, o mercado de carbono esconde pessoas. O primeiro episódio da série “Faroeste carbono” conta a história de uma comunidade quilombola no interior do Pará que assinou contrato com uma gigante do setor, sócia da petrolífera Shell. Nossos repórteres se deparam com dúvidas (deles e dos moradores), receios de perda de autonomia e questionamentos sobre a real serventia dos créditos de carbono.
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Os suplementos proteicos são os mais vendidos dentro da categoria de suplementos alimentares. E o whey protein, longe de sair de moda, ganha mais adeptos à medida que a febre das proteínas vai construindo discursos e moldando hábitos. Em 2023, o Brasil importou espantosos 54 milhões de dólares em soro de leite. Mas a gente precisa mesmo disso tudo? Esse episódio volta às origens do whey e discute a inutilidade desse suplemento.
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Mapeada no século 19, a proteína foi convertida em um agente político e econômico. Enquanto as gorduras e os carboidratos atravessam uma crise de imagem, a proteína segue a ser vista como um supernutriente. Hoje, em vez de ser um componente dos alimentos, inverte a equação e faz dos alimentos um mero transportador das proteínas. Com a carne à frente, desde o século 19 a proteína tem embalado sonhos imperialistas e interpretações equivocadas sobre a dieta dos povos tradicionais. Neste primeiro de dois episódios, nossa equipe busca as origens dessa construção e por que, mesmo com tanta produção de proteína no mundo, segue-se a insistir na tese de escassez e riscos.
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Por que a ideologia do progresso segue de pé? Durante meses, nossa equipe reflete sobre o significado de um conjunto de ideias que tem fé no progresso infinito da humanidade, que estaria fadada a seguir o caminho inabalável do desenvolvimento. Este episódio narra o trajeto para entender quando essa ideologia se mostrou materialmente inviável, e por que segue a guiar governos, empresas e nossas sociedades. No final, uma reflexão amarga sobre os governos progressistas.
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A obesidade é um dos grandes temas no debate contemporâneo sobre saúde. Enquanto o discurso biomédico a mantém no rol das patologias, pesquisadores, militantes e profissionais da clínica ressaltam os fatores sociais envolvidos. Na abordagem do combate, o alvo vira os corpos gordos. E quem ganha, como sempre, é o mercado.
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A capacidade de engravidar e parir foi, por muito tempo, a grande definição do que é ser mulher. Mais recentemente, porém, experiências de pessoas trans com a gestação e com o aleitamento têm provocado reflexões e transformações sobre esses papéis sociais. Desde cedo aprendemos que homem é aquele que carrega o espermatozóide e mulher é aquela que tem o óvulo. E que a formação biológica é definidora de um gênero. Este episódio é um convite: será que a realidade é tão binária assim?
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As amas de leite foram, por muito tempo, as principais responsáveis pela nutrição infantil. Anúncios de jornais comprovam que o serviço prestado por essas mulheres, em sua maioria negras, se estendeu até o início do século 20. Mas, antes da abolição, em 1888, eram as escravizadas a desempenhar esse papel dentro das Casas Grandes. Foi nessa época que a medicina oitocentista passou a defender, sob discursos eugenistas, que o aleitamento era uma obrigação social e moral da mãe. Essa é uma trajetória de descontinuidades e nuances sobre a história da amamentação no Brasil.
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O termo é relativamente recente, mas os saberes são antigos e, com muita resistência, cultivados. Agroecologia é o tema deste episódio que, para além do conceito sendo construído a muitas mãos e cabeças, mostra a prática de quem vive e trabalha na terra por aquela que pode ser uma alternativa sistêmica ao agronegócio.
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Os ultraprocessados mexem com a nossa cabeça de jeitos inesperados. As primeiras descobertas científicas sobre a relação entre cérebro, corpo e ultraprocessados são estarrecedoras. Nossa equipe vai até um laboratório que estuda as respostas emocionais a esses produtos. No último episódio da série “A máquina de criar problemas”, contamos como um corpo crescente de pesquisas tem mostrado uma relação entre ultraprocessados e problemas de saúde mental.
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A resolução brasileira sobre aditivos alimentares tem quase duas mil páginas de substâncias liberadas para uso. O que sabemos sobre eventuais danos à saúde? Muito pouco. Mas o suficiente para entender que, quanto mais estudarmos, mais problemas aparecerão. E agora, o que fazer? Se os ultraprocessados são engenharias, os aditivos são o cimento. Os conduítes. Os fios elétricos. E, principalmente, são a massa corrida e as tintas. No terceiro episódio da série “A máquina de criar problemas”, nossa equipe vai até a cozinha tentar entender o funcionamento dos aditivos.
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Ninguém melhor do que o Danoninho soube usar a ciência para uma construção de marketing que dura décadas. O reducionismo nutricional segue a fazer desse ultraprocessado clássico um sinônimo de comida “saudável” para crianças (e bebês). No segundo episódio da série “A máquina de criar problemas”, investigamos o histórico deste produto, e a maneira como os micronutrientes são usados como uma ferramenta de publicidade para encobrir os problemas dos ultraprocessados.
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