Afleveringen
-
A intenção era homenagear as que estavam naquela faixa etária, mas elas não aprovaram “Mulher de trinta”, o sambalanço de Luiz Antônio que Miltinho gravou em 1960. Acharam indevido apresentá-las como sofredoras amorosas. A gravação fez enorme sucesso. Miltinho, com seu balanço irresistível, começava a carreira solo, depois de se desligar da posição de crooner e pandeirista do conjunto Milionários do Ritmo, que Djalma Ferreira comandava na boate Drink, em Copacabana.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
O conjunto Anjos do Inferno tinha esse nome engraçado para pegar carona no sucesso do Diabos do céu, o conjunto de Pixinguinha. Era mais do que engraçado, porém. Seus arranjos vocais eram modernos, antenados com os dos grupos americanos de jazz. O samba “Helena, Helena”, de Antônio Almeida e Secundino, foi sucesso no carnaval de 1941.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
Zijn er afleveringen die ontbreken?
-
Gilberto Alves foi um dos grandes cantores da época de ouro do rádio, um período que o Brasil viveu entre as décadas de 1930 e 1950. É dele a primeira gravação de “Violão amigo”, de Bide e Marçal. Há críticos que escutam semelhanças entre as melodias de “Violão amigo” e “Desafinado”, de Tom Jobim e Newton Mendonça.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
“Rei do gado” é uma moda de viola de Teddy Vieira gravada por Tonico e Tinoco em 1959. Narra o encontro de dois oponentes rurais, o que dá título à canção e o rei do café. As duas culturas se enfrentam entre goles de cachaça, do rei do gado, e champanhe, do adversário, num causo típico da moda de viola.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
“Hino ao amor”, a canção que Edith Piaf e Marguerite Monnot compuseram em 1950, voltou à cena na festa de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, cantada por Céline Dion. No Brasil, ela recebeu uma versão de Odair Marsano e foi gravada com sucesso pela cantora paulista Wilma Bentivegna, em 1959. O site Discografia Brasileira tem outros sete registros da canção.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
“O rei do gatilho”, de Miguel Gustavo, conta em ritmo de samba de breque a história de Kid Morengueira em luta contra um bandoleiro transviado. Kid Morengueira é Moreira da Silva. A gravação é de 1961. Em formato divertido, cheia de sonoplastias cinematográficas, cavalos em disparada, tiros para todos os lados, ela atualiza o cantor, em cartaz desde a década de 1930, para as novas audiências.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
Criado para o carnaval de 1944, o samba “Não vou pra casa”, de Antônio Almeida e Roberto Roberti, não aconteceu. Permaneceu ignorado até 1999, quando ganhou a gravação balançada e elegante de João Gilberto. Desde então, “Não vou pra casa” já teve outros quatro registros.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
O baião “Último pau de arara”, de José Guimarães, Venâncio e Corumba, de 1956, fala da seca, do orgulho do nordestino em não migrar para o Sul maravilha, de enfrentar a natureza – pois “quem foge à terra natal em outro canto não para”. Venâncio e Corumba são os intérpretes.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
Em ritmo afro-cubano, “Babalu”, com Angela Maria acompanhada pelo conjunto do tecladista Waldir Calmon, é um convite à pista de dança. A autoria é da cubana Margarita Lecuona. A gravação, de 1958, mostra Angela, aos 28 anos, no auge da carreira.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
“Lealdade”, gravada por Orlando Silva para o carnaval de 1943, seria mais um samba bonito da dupla Wilson Batista e Jorge de Castro, se não fosse um detalhe provocante da letra. Ao tratar da dificuldade dos relacionamentos amorosos, Orlando canta que, quando um cansar dos beijos do outro, deve bater a porta sem olhar para trás – e essa liberdade de dar o fora cabia também à mulher. Foi um sucesso.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
A primeira gravação de “Chuvas de verão”, o samba-canção que viria a se tornar um clássico mais tarde, com Caetano Veloso, é de Francisco Alves. Foi realizada em 1948, com discreto sucesso ao ser lançada em 1949. É de autoria do pernambucano Fernando Lobo, também jornalista, e conta, com a mesma leveza que ele empregava nas crônicas sobre a vida noturna do Rio, o fim de um relacionamento amoroso.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
A marchinha Cidade Maravilhosa foi composta inicialmente para uma festa de primavera, mas acabou chegando ao carnaval e, consagração final, ao posto de hino oficial do Rio de Janeiro. A gravação é de setembro de 1933, com o próprio autor, André Filho, e Aurora Miranda, a bela irmã de Carmen e também precursora nos avanços femininos. Naquele momento, gravar música de carnaval também não era coisa de meninas.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
Além de renovador das marchinhas, João Roberto Kelly participou, no início dos anos 1960, do sambalanço, que levou a bossa nova para a pista de dança. Um dos seus sucessos no gênero foi “Boato”, gravado em outubro de 1960 por outra iniciante e que também, com estilo diferente na maneira de cantar, modernizaria o samba. Era Elza Soares.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
Em 1950, por motivos burocráticos ligados à arrecadação de direitos autorais, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga desfizeram a parceria responsável por obras como “Asa branca”. Gonzagão continuou com Zé Dantas a fazer outros clássicos. Teixeira, sozinho, compôs o sucesso “Kalu”, gravado em 1952 por Dalva de Oliveira à frente da orquestra do maestro escocês Roberto Inglez. A gravação foi feita em Londres. É baião, mas com a pitada sentimental tão ao estilo de Dalva.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
A marcha “Saca rolha” foi sucesso do carnaval de 1954 e continua, 70 anos depois, sendo cantada nas ruas, um dos hinos da grande festa brasileira. A autoria é de José Gonçalves, Zilda Gonçalves e Waldir Machado. Zé e Zilda, casados na vida real, também são os intérpretes. Zé morreria no final daquele mesmo ano, dias depois de ter gravado com Zilda a continuação do “Saca rolha”, a marchinha “Ressaca”, sucesso no carnaval do ano seguinte.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
Heleninha Costa era uma personalidade discreta no estrelar elenco da Rádio Nacional, mas o fato de ter feito a primeira gravação de “Barracão”, de Luiz Antônio e Oldemar Magalhães, é glória suficiente para eternizá-la. O samba, na tradição da letra triste para um ritmo bem animado, foi um grande sucesso do carnaval de 1953.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
Os selos dos discos de 78 rotações por minuto traziam, além das informações sobre intérpretes e autores, o gênero a que a música pertencia. No selo de “Bacará”, do guitarrista Bola Sete, interpretada por ele e seu conjunto, foi anotado pela primeira vez, em 1957, o gênero “Samba-rock”. Bola Sete, apelido do carioca Djalma de Andrade, logo em seguida iria para os Estados Unidos e seria reconhecido como um grande guitarrista do jazz.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
“Boas festas”, de Assis Valente, é uma espécie de hino oficial do Natal brasileiro, uma marchinha de letra triste e arranjo alegre, quase carnavalesco, feito por Pixinguinha à frente do conjunto Diabos do Céu. A gravação original, de 1933, é de Carlos Galhardo. Conhecida também por “Anoiteceu”, em razão de seu primeiro verso, inaugurou no Brasil a tradição de se compor para as festas de fim de ano.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
“Gauchinha bem querer” é uma canção regional, com direito a citação do Rio Guaíba, mas tem todos os ingredientes costumeiros de seu intérprete e compositor, o romântico paulista Tito Madi, um dos renovadores do samba-canção e precursor da bossa nova. Ela foi composta em 1955 em homenagem aos 20 anos da Radio Farroupilha. O acompanhamento é da orquestra do gaúcho Radamés Gnattali.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
Nas enquetes sobre a música mais bonita composta sobre o Rio de Janeiro – e são muitas – está sempre “Valsa de uma cidade”, da dupla Ismael Netto, um paraense, e Antônio Maria, um pernambucano. A gravação original é de Lúcio Alves, de 1954. Pela delicadeza da melodia, os versos solares e a interpretação moderna, “Valsa de uma cidade” é um dos anúncios mais evidentes de que a bossa nova (que também cantaria o Rio) estava chegando.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro - Laat meer zien